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A INDUÇÃO EM FRANCIS BACON

Tipo: Dissertação de Mestrado
Título:

 A INDUÇÃO EM FRANCIS BACON

Autor: Silva, Fernando Marinheiro da
Orientador: Vicentini, Max Rogério
Linha de Pesquisa: Metafísica e Conhecimento
Resumo: O objetivo desta pesquisa é analisar a versão baconiana da indução proposta em sua obra Novum Organum, publicada em 1620. No primeiro capítulo, sobre a teoria dos ídolos, apresentamos a crítica endereçada por Bacon aos dialéticos, à ciência de sua época, bem como aos modos de se obter o conhecimento, isto é, a indução por enumeração simples e o silogismo, seguindo o que está exposto, pontualmente, em suas obras A Grande Instauração, Novum Organum e Progresso do Conhecimento. Para Bacon, os cientistas de sua época buscavam apenas a vitória sobre os adversários nas disputas, utilizando a dialética como recurso, cuja finalidade era perpetuar a doutrina aristotélica. O silogismo era o modo de raciocínio mais utilizado para demonstrar o conhecimento, porém estéril para a descoberta de algo novo. Já a indução por enumeração simples era o outro modo de raciocínio, que a partir de algumas observações particulares, obtidas pelo testemunho dos sentidos, generalizava para princípios universais. Contudo, uma vez que um único caso particular a contradissesse, a generalização deveria novamente ser buscada a partir de novos casos particulares que lhe servisse de sustentação. A teoria dos ídolos, para o filósofo, expõe os erros e as ilusões causadas pelo intelecto sem os recursos e os auxílios adequados. O homem de ciência ou filósofo natural, após haver limpado os empecilhos de sua mente e se precavido contra os “ídolos”, ou seja, ter entendido as fragilidades do método de antecipação da natureza, está apto e preparado para seguir o caminho pela via da interpretação da natureza. No segundo capítulo trataremos da teoria da indução de Bacon. O ponto de partida será a exposição de sua teoria da forma. Na sequência desenvolveremos a crítica de Bacon à teoria das quatro causas aristotélica, apresentando suas tábuas de investigação, ou seja, os elementos estruturantes de seu processo de experimentação. Ao final, com o propósito de compreender a ideia de ciência baconiana, deveremos apontar o quê Bacon entende por experimento e, por fim, sua concepção de história natural. Essas duas últimas concepções constituem os recursos e os auxílios para implementação da verdadeira indução por eliminação.
Palavras-chave: Francis Bacon; indução; ciência; método
Abstract: The objective of this research is to analyze the Baconian version of the induction proposed in his work Novum Organum, published in 1620. In the first chapter, on the theory of idols, we present the criticism addressed by Bacon to the dialecticians, to the science of his time, as well as to the ways of obtaining knowledge, that is, induction by simple enumeration and syllogism, following what is exposed, punctually, in his works The Great Instauration, Novum Organum and Progress of Knowledge. For Bacon, the scientists of his time sought only victory over opponents in disputes, using dialectics as a resource, whose purpose was to perpetuate the Aristotelian doctrine. The syllogism was the most used mode of reasoning to demonstrate knowledge, but sterile for the discovery of something new. Induction by simple enumeration was the other mode of reasoning, which from some particular observations, obtained by the testimony of the senses, generalized to universal principles. However, once a single particular case contradicts it, the generalization should again be sought from new particular cases that would support it. The theory of idols, for the philosopher, exposes the errors and illusions caused by the intellect without adequate resources and aid. The man of science or natural philosopher, after having cleared the obstacles of his mind and guarded against the "idols", that is, having understood the weaknesses of nature's method of anticipation, is able and prepared to follow the path through the path of nature. interpretation of nature. In the second chapter we will deal with Bacon's theory of induction. The starting point will be the exposition of his theory of form. Next, we will develop Bacon's critique of the Aristotelian theory of four causes, presenting his boards of investigation, that is, the structuring elements of his experimentation process. In the end, with the purpose of understanding the idea of Baconian science, we must point out what Bacon understands by experiment and, finally, his conception of natural history. These last two conceptions constitute the resources and aids for the implementation of true elimination induction.
Keywords: Francis Bacon; induction; science; method
Temas: 1. Bacon, Francis, 1561-1626 . 2. Indução. 3. Ciência. 4. Método. 5. Empirismo.
Língua: Português
Citação:

Silva, Fernando Marinheiro da. A indução em Francis Bacon / Fernando Marinheiro da Silva. -- Maringá, PR, 2023. 119 f

Data: 2023
Arquivo:

 A INDUÇÃO EM FRANCIS BACON

Repositório  UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGA