O CONCEITO DE ANGÚSTIA À LUZ DA FENOMENOLOGIA DE HEIDEGGER E SUAS CONSONÂNCIAS NO CONTEXTO PSICOLÓGICO DE CARL ROGERS
| Tipo: | Dissertação de Mestrado |
| Título: | O CONCEITO DE ANGÚSTIA À LUZ DA FENOMENOLOGIA DE HEIDEGGER E SUAS CONSONÂNCIAS NO CONTEXTO PSICOLÓGICO DE CARL ROGERS |
| Autor: | Silva, Luana Cristina Lurdes da |
| Orientador: | Mertens, Roberto Kahlmeyer |
| Linha de Pesquisa: | Estética e Filosofia Social |
| Resumo: | O trabalho tem como objetivo analisar o conceito de angústia nas contribuições que o filósofo alemão Martin Heidegger e o psicólogo americano Carl Rogers trazem para esse fenômeno, para então comparar as compreensões dos dois pensadores. A estimativa inicial da pesquisa é que existem semelhanças entre as duas compreensões e as formas de lidar dos autores. Dessa forma, os objetivos específicos distribuem-se em três processos: a) elucidar o conceito de angústia na filosofia fenomenológico-existencial de Martin Heidegger; b) apresentar o fenômeno no contexto psicoterapêutico de Carl Rogers e, por fim: c) comparar as duas compreensões. A pesquisa trabalha com a hipótese de que é possível encontrar semelhanças entre as duas compreensões da angústia, que é tomada como um fenômeno necessário para elucidar possibilidades e acessar o autoconceito do sujeito. A importância da pesquisa justifica-se pois visa explorar o conceito para os autores citados, apresentando também alguns erros na interpretação de suas descrições. Além disso, ao apresentar possíveis semelhanças, espera-se evidenciar diferenças na visão do filósofo em relação à do psicólogo. Por fim, expressa-se a possibilidade de elucidar supostas influências da filosofia de Heidegger sobre os princípios da abordagem psicoterapêutica de Rogers, considerando que este é contemporâneo ao autor de Ser e Tempo. Porém, como dito, a pesquisa visa evidenciar semelhanças na compreensão da angústia, focando na descrição e aproximação do fenômeno nos dois pensamentos investigados. Portanto, é considerado relevante devido à priorização do conceito entre tantos outros apresentados pelos pensadores. Assim, torna-se tarefa do trabalho caracterizar o fenômeno da angústia tanto para o filósofo quanto para o psicólogo. Como se vê, Carl Rogers apresenta a angústia como um fenômeno inerente à realidade existencial, fundamental no campo fenomênico do sujeito. Além disso, ele a retrata como um possível estado de desajuste da pessoa entre seu eu e a realidade vivenciada. Martin Heidegger, por sua vez, compreende-o como uma tonalidade afetiva, que abre o ser-aí ao seu próprio poder-ser, ou seja, elucida ao ser-aí a sua constituição ontológica como possibilidade, proporcionando-lhe um reencontro com a possibilidade de que sempre já seja, isto é, a angústia se apresenta como um tom afetivo que proporciona a abertura do ser-aí e a possibilidade de saída do cotidiano. Buscando clareza a respeito do tema, nos apoiaremos nas principais obras de autores que tratam do conceito em questão. Assim, para analisar o fenômeno, tal como encontrado em Heidegger, utilizou-se sua obra Ser e Tempo, mais especificamente no parágrafo 40 do livro, bem como a aula inaugural O que é Metafísica? A partir daí, contrastamos tais leituras com os escritos de Rogers, especificamente com suas obras: Terapia Centrada no Cliente; Tornar-se pessoa; Sobre o poder pessoal e Um Jeito de Ser. |
| Palavras-chave: | Angústia; Heidegger; Rogers; ser-aí; self |
| ABSTRACT | The work aims to analyze the concept of anguish in the contributions that the German philosopher Martin Heidegger and the American psychologist Carl Rogers bring to this phenomenon, to then compare the understandings of the two thinkers. The initial estimate of the research is that there are similarities between both understandings and the authors' ways of dealing. In this way, the specific objectives are distributed into three processes: a) elucidate the concept of anguish in Martin Heidegger's phenomenological-existential philosophy; b) present the phenomenon in the psychotherapeutic context of Carl Rogers and, finally: c) compare the two understandings. The research works with the hypothesis that it is possible to find similarities between the two understandings of anguish, which is understood as a necessary phenomenon to elucidate possibilities and access the subject's self-concept. The importance of the research is justified as it aims to explore the concept for the authors mentioned, consequently, also presenting some mistakes in the interpretation of their descriptions. Furthermore, by presenting similarities, it is hoped to highlight differences in the philosopher's vision compared to the psychologist's. Finally, the possibility of elucidating presumed influences of Heidegger's philosophy on the principles of Rogers' psychotherapeutic approach is expressed, considering that he is a contemporary of the author of Being and Time. However, as stated, the research aims to highlight similarities in the understanding of anguish, focusing on the description and approximation of the phenomenon in the two thoughts investigated. Therefore, it is considered relevant due to the prioritization of the concept among many others presented by thinkers. Thus, it becomes the task of the work to characterize the phenomenon of anguish for the philosop her as well as for the psychologist. As can be, Carl Rogers presents anguish as a phenomenon inherent to existential reality, which is fundamental in the subject's phenomenal field. Furthermore, he portrays it as a state of maladjustment of the person between themselves and the experienced reality. Martin Heidegger, in turn, understands it as an affective tone, which opens being-there to its own power-to-be, that is, it elucidates to being-there its ontological constitution as a possibility, providing it with a reunion with the possibility that it always already is, that is, anguish is presented as an affective tone that provides the opening of one's being-there, and the possibility of leaving everyday life. Seeking clarity regarding the topic, we will rely on the main works of authors who deal with the concept in question. Thus, to analyze the phenomenon, as found in Heidegger, his work Being and Time used, more specifically in §.40 of the book, as well as the conference What is Metaphysics? From there, then, we will contrast such readings with Rogers' writings, specifically his works: Client-Centered Therapy; On Becoming a Person; On Personal Power and A Way of Being. |
| Keywords: | Anguish; Heidegger; Rogers; being-there; self. |
| Língua: | Português |
| Citação: |
1. Heidegger, Martin, 1889-1976 - Fiolosofia alemã. 2. Rogers, Carl Ransom, 1902 1987 - Psicologia humanística. 3. Angústia - Fenomenologia . I. Mertens, Roberto Kahlmeyer, orient. II. Universidade Estadual de Maringá. Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Departamento de Filosofia. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. III. Título. |
| Data: | 2024 |
| Arquivo: |
Silva, Luana Cristina Lurdes da |
| Repositório | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGA |