O ORGANISMO E A IMAGINAÇÃO: A FILOSOFIA DA ARTE ENQUANTO SISTEMA DA FILOSOFIA EM SCHELLING
| Tipo: | Dissertação de Mestrado |
| Título: | O ORGANISMO E A IMAGINAÇÃO: A FILOSOFIA DA ARTE ENQUANTO SISTEMA DA FILOSOFIA EM SCHELLING |
| Autor: | Zoto, Vanise Cristina Ribeiro |
| Orientador: | Félix, Wagner Dalla Costa |
| Linha de Pesquisa: | Metafísica e Conhecimento |
| Resumo: | A presente pesquisa é uma investigação acerca da obra do filósofo alemão F. W. J. von Schelling sobre a Filosofia da Arte. Nosso escopo compreende três momentos distintos de seus ecritos, porém conectados em seu propósito de construir um sistema da filosofia. Partindo dos estudos do jovem Schelling, o primeiro capítulo discute o antagonismo do autor à concepção mecanicista da natureza, por meio da qual surge sua chamada Naturphilosophie. Nosso objetivo central é explorar o conceito de organismo, bem como o de produtividade da natureza, tendo em vista a importância para a compreensão do papel da arte para o seu sistema de filosofia. O segundo momento da pesquisa se concentra na obra de 1800 intitulada Sistema do Idealismo Transcendental, na qual o autor procura conciliar a filosofia da natureza e a filosofia transcendental, o conhecimento teórico e o conhecimento prático, propondo, por fim, que a arte ou a produção estética como solução para conceber o sistema em sua totalidade. Logo, por meio da articulação de conceitos e noções cruciais como intuição intelectual, imaginação e a figura do gênio, Schelling justifica sua tese de que a arte é tão somente o único e verdadeiro órgão e documento da filosofia. Por fim, o propósito é investigar a relação entre a tríade conceitual de organismo, sistema e símbolo que Schelling desenvolve em suas preleções sobre a Filosofia da Arte, ministradas em Jena e Wüzburg entre 1802 e 1805. Nessas preleções, Schelling diferencia seu projeto de uma filosofia da arte das propostas estéticas normativas e das investigações sobre o gosto para desenvolver o que ele compreende como a construção do universo na forma ou potência da arte. Por essa razão, o autor parte daquilo que há de mais profundo e originário, a saber, a matéria da arte, a mitologia. A mitologia adquire função central no sistema, à medida que cada um dos deuses intuídos realmente enquanto a indiferença entre o universal e particular, o infinito e o infinito, são tão somente a matéria universal e absoluta da arte, pela qual a intuição do absoluto pode ser objetivada. A discussão se finda ao compreendermos neste vasto e complexo sistema todo o potencial simbólico que reside na mitologia, que permite a Schelling afirmar que as ideias na filosofia e os deuses na arte são apenas faces de uma mesma moeda. |
| Palavras-chave: | Organismo. Filosofia da Arte. Sistema. Mitologia. Idealismo. |
| ABSTRACT | This research is an investigation into the work of the German philosopher F. W. J. von Schelling on the Philosophy of Art. Our scope comprises three distinct moments in his writings, which are connected in their aim to build a system of philosophy. Starting with the studies of the young Schelling, the first chapter discusses the author's antagonism to the mechanistic conception of nature, through which his so-called Naturphilosophie emerges. Our central objective is to explore the concept of organism, as well as that of the productivity of nature, bearing in mind the importance of understanding the role of art in his system of philosophy. The second part of the research focuses on the 1800 work entitled System of Transcendental Idealism, in which the author seeks to reconcile the philosophy of nature and transcendental philosophy, theoretical knowledge and practical knowledge, finally proposing that art or aesthetic production as a solution to conceive the system in its entirety. Thus, by articulating crucial concepts and notions such as intellectual intuition, imagination and the figure of genius, Schelling justifies his thesis that art is the only true organ and document of philosophy. Finally, the aim is to investigate the relationship between the conceptual triad of organism, system and symbol that Schelling develops in his lectures on the Philosophy of Art, given in Jena and Würzburg between 1802 and 1805. In these lectures, Schelling differentiates his project for a philosophy of art from normative aesthetic proposals and investigations into taste in order to develop what he understands as the construction of the universe in the form or power of art. For this reason, the author starts from what is deepest and most original, namely the material of art, which is mythology. Mythology takes centre stage in the system, as each of the gods intuited in reality as the indifference between the universal and the particular, the infinite and the infinite, are only the universal and absolute matter of art, through which the intuition of the absolute can be objectified. The discussion ends when we understand in this vast and complex system all the symbolic potential that resides in mythology, which allows Schelling to affirm that ideas in philosophy and gods in art are just sides of the same coin. |
| Keywords: | Organism. Philosophy of Art. System. Mythology. Idealism. |
| Língua: | Português |
| Citação: | 1. Estética e filosofia da arte. 2. Filosofia da natureza. 3. Idealismo alemão. 4. Schelling, Friedrich Wilhelm Joseph von, 1775-1854. 5. Romantismo. I. |
| Data: | 2024 |
| Arquivo: | O ORGANISMO E A IMAGINAÇÃO: A FILOSOFIA DA ARTE ENQUANTO SISTEMA DA FILOSOFIA EM SCHELLING |
| Repositório | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGA |